A Vida em preto e branco

De que me adianta sentar neste banco de praça para sonhar os sonhos dos que passam perante a minha realidade? Por que acredito que a sombra desta árvore vai refrescar minhas angústias? Fico aqui a imaginar quais os dilemas que afligem o casal ao lado? Que felicidade está escondida atrás do sorriso da mulher ao telefone? Conforto minhas verdades nos farrapos do mendigo que dorme abraçado a seu destino. Em que momento exato o tempo tornou-se meu cárcere? Sigo a rotina: do banco, da praça, da sombra, do dilema, da felicidade, do conforto e do tempo. A vida parece passar em preto e branco para aqueles que não conjugam o verbo atrever-se!